Decidi voltar. Estive longe. Já não escrevo há quatro meses.
Faltavam-me as palavras. E o tempo. E tudo o resto. Primeiro foram os exames (e
cada vez mais acho que foi um desperdício andar a marrar durante praticamente
dois meses). Depois veio o Verão (finalmente!), que este ano decidiu ser um
desmancha-prazeres e estragar os planos a todo o mundo. E, por fim, começaram
as aulas (perfeito…). E ainda nem acredito que já ando com a cabeça enfiada nos
livros na terceira semana de aulas. Há outras coisas, coisas que por nos
aquecerem o coração nos roubam o tempo todo!
Não tenho sentido a necessidade de expor a minha vida numa
rede social, com a intenção de que todos lessem, desde os mais próximos aos
mais distantes. Não precisava disso. Estava à espera que ela estabilizasse. E,
na verdade, estabilizou mesmo. Ainda nem acredito.
A minha vida sempre foi um copo meio cheio. Ou meio vazio.
Bem… foi mais vezes assim. O melhor da vida é saber que ela um dia muda e,
realmente, muda mesmo. O meu dia chegou. Mais vale tarde do que nunca, hã?
São realmente poucas as pessoas por quem era capaz de pôr as
minhas mãos no fogo, mas são as melhores. Além de únicas. Era capaz de lhes dar
o mundo, se assim me pedissem. Há alguém a quem eu vou dar sempre, mesmo que
não tenha, o que me pedir e o que não pedir. Esse alguém, que virou a minha
vida de pernas para o ar há cerca de onze meses atrás, é o meu mundo. E tudo o
resto virá por acréscimo.