21 de mai. de 2011

Beijos e beijos.

«Há beijos e beijos. Há os beijos dos amigos e os dos amores. E ainda os das paixões. Que não têm obrigatoriamente que ser os mesmos dos amores. Os beijos na boca são os melhores. Há os doces e carinhosos, ténue juntar dos lábios que tão bem – ou mal – se conhecem. Há os quentes, que nos tiram o fôlego e nos fazem duvidar de se queremos mais ou paramos por ali de tão aflitos que estamos com falta de ar.
Há ainda os beijos de sempre. Aqueles a que já nos habituámos e não têm surpresas. Que nos aquecem o coração mas nos fazem pouco à alma – a menos que tragam surpresas uma vez ou três.
Depois há os beijos de amor. Aqueles em que sentimos cada pedacinho de pele arrepiar-se porque sabemos que aquele não é só ‘mais um’. Aquele é ‘O’ beijo. O que nos faz querer que o mundo todo pare enquanto guardamos para sempre os cheiros, as sensações e o gosto.
Há beijos com sabor a gelado, outros com sabor a pecado. Há beijos com sabor a café ou a pasta de dentes. Mas os melhores são aqueles que têm o sabor do desejo.»

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