11 de fev. de 2011

#6 LETTER TO A STRANGER


Querido estranho,
Como é possível escrever para alguém desconhecido? Sinceramente, não sei.
Da primeira vez que me vires, vais criar uma (pequena) imagem de mim. Como é hábito dizer “Não há segundas oportunidades para primeiras impressões”, e essa vai ser a tua.  Mais tarde, caber-me-á o lugar de fazer com que essa imagem se mantenha, ou não.
Gostava que fosses diferente de tudo o resto. Gostava que fosses fora do comum. Gostava que entrasses na minha vida e a virasses de pernas para o ar. Gostava que fosses a pessoa errada. Gostava que aparecesses na altura errada. Gostava que aparecesses no sítio errado. Gostava que me fizesses crescer. Gostava que me fizesses encarar as situações de outra forma. Gostava que fizesses tudo ao contrário do que devia ser feito. Gostava que me fizesses rir, que me fizesses chorar e sentir todo um turbilhão de emoções. Gostava que…fosses estranho.  
Não há nada que eu possa fazer agora, mas espera. Eu estarei, pacientemente, à espera pelo dia em que tu tropeces acidentalmente na minha vida.

«Eu gosto do estranho, do incomum. Gosto daquilo que confunde, que permite diferentes interpretações, que fica nas entrelinhas.»

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